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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Alegre

Porque
um dia
eu já fui um girassol

domingo, 29 de dezembro de 2013

Você TEM que se aceitar

Não, eu não tenho. E você não pode me obrigar.

Apesar das minhas palavras, eu totalmente entendo que para viver bem, é ideal que a pessoa se aceite, se goste do jeito que é; mas não é uma obrigação. Com as pessoas dizendo dessa forma, já não basta todas as neuras, inseguranças, todos os complexos, aí vem mais um sentimento de culpa justamente por não conseguir me aceitar.
De todos os meus complexos, eu tenho dois que me chateiam e aborrecem mais: minha altura e meus quadris.

Eu sempre fui pequena. Sempre fui a primeira da fila, tinha que comprar roupas às vezes um tamanho menor, e roupas um tamanho maior sempre duravam bastante, sempre fui provocada. Desde bem novinha eu já havia começado a usar saltinhos e, principalmente, plataformas, porque eu queria ser maior. Precisava ser. Com 10 ou 11 anos foi me dada a oportunidade de, quem sabe, ficar mais alta do que a altura que eventualmente eu viria ter. Mas eu, emburrada, declinei. Até quase 14 anos eu não aceitava meu corpo, mais especificamente, não aceitava mudanças. Escondi meus seios até essa idade, que já estavam muito difíceis de esconder. O que aconteceu é que me levaram numa médica que precisava saber como estava meu desenvolvimento. Eu me recusava a responder. Quase fiz um escândalo pra não tirar minha blusa (já que eu não respondia, ela tinha que saber de alguma forma). Resultado: fui pra casa com nada feito e minha avó me fez assinar uma folha que dizia que, se eu não crescesse, a culpa era somente e totalmente minha. Hoje mal tenho 1,51m e fico mais do que extremamente aborrecida com isso. Me afeta também no fato de eu pensar que ninguém se sentiria atraído por mim ou quereria algo comigo por causa da minha altura (ou falta dela). Que cara vai querer andar de mãos dadas, abraçar e beijar uma garota que tem o tamanho de uma criança? Nem adianta vir com piadinhas sem graça de pedófilos, porque eu não tenho corpo de criança e isso é grande coisa pra eles. Isso... Sempre me pega. Sempre.

A puberdade me trouxe o que meus genes reservavam pra mim: um quadril gigantesco. Algumas pessoas tem um quadril maior, é verdade, mas o que faz parecer que meu quadril é enorme é minha altura. Eu, de salto ou plataforma, pareço ter um corpo até proporcional. Agora me coloque sem eles e, o que verá? Um kibe. Algumas roupas minhas não posso ousar usar sem eles, a diferença é realmente gritante e eu odeio ter o formato de um losango.

Obviamente ainda tenho outros complexos. Como minhas coxas muito grossas que se encontram (usar short mais curto ou saia sem um shortinho por baixo nem pensar, assaduras might come), panturrilhas grandes, pés gordos ("pézinho de pão"), tórax relativamente largo, dedos curtos e gordos, unhas de criança, arcada dentária torta parecendo que meus dentes estão descendo, testa relativamente larga, olhos castanhos opacos e sem vida. E nem começaria a listar os complexos psicológicos, muitos deles causados por minha insegurança. Alguns dizem que sou bonita, mas eu simplesmente não consigo ver. Não consigo acreditar. Eles só dizem pra tentar me fazer melhor, mas não faz. Não ajuda. Machuca. Eles não veem o que eu vejo. Na verdade, é isso mesmo...

Eles não veem o que eu vejo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Eu não estou preparada pra perder você

Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu não estou preparada pra perder você. Eu nunca vou estar preparada pra perder você.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Catching Fire ♥

Acabei de assistir Em Chamas pela quarta vez, e assim como na primeira, continua sendo perfeito e me dando arrepios. A única diferença é que dessa vez eu não chorei, haha.
O motivo pelo qual eu demorei tanto pra postar meus sentimentos é que eu passei bastante tempo coletando gifs do filme, pra poder situar perfeitamente cada parte que eu queira.


Não me parece exatamente justo, mas vou começar falando sobre o que não teve. No livro temos Katniss começando a saber mais sobre o Distrito 13, que no filme eles simplesmente cuspiram na nossa cara no fim  o que na minha opinião foi uma das poucas falhas, já que para quem não leu os livros, a possibilidade da existência do D13 era completamente desconhecida. Um evento importante foi quando ela vai para a floresta, para o lago e para a cabine da floresta que ela costumava ir com o pai, e encontra duas refugiadas do Distrito 8 lá, Bonnie e Twill. Na verdade, é nesse momento que a semente da dúvida é plantada, quando as duas contam o que aconteceu por lá, porque elas fugiram e para onde estavam indo. Lhe apresentam evidências, etc. É importante, mas eu não vi como encaixar isso no filme, então não achei necessariamente ruim. Estava tão extasiada com o filme que nem dei falta. Mas ainda gostaria que tivessem introduzido o Distrito 13 antes.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Tempestade de areia

Por vezes o destino é como uma pequena tempestade de areia que não para de mudar de direção. Você muda de rumo, mas a tempestade de areia vai atrás de você. Volta a mudar de direção, mas a tempestade te persegue, seguindo o seu encalço. Isso acontece várias e várias vezes, como uma espécie de dança sinistra com a morte ao amanhecer. Porquê? Porque essa tempestade não é algo que tenha surgido do nada, sem nada a ver com você. Essa tempestade é você. Algo que está dentro de você. Por isso, só lhe resta se deixar levar, mergulhar na tempestade, fechando os olhos e tapando os ouvidos para a areia não entrar e, passo a passo, atravessar de uma ponta a outra. Aqui não há sol nem lua; a orientação e a noção de tempo são coisas que não fazem sentido. Existe apenas areia branca e fina rodopiando no céu, como ossos pulverizados. É uma tempestade assim que você deve imaginar.

E não há uma forma de escapar da violência dessa tempestade, dessa tempestade metafísica e simbólica. Por mais metafísica e simbólica que seja, lhe cortará a carne como mil lâminas afiadas. O sangue de muita gente correrá, e o seu com ele. Um sangue vermelho, quente. Ficará com as mãos cheias de sangue, do seu e de outros.

E quando a tempestade tiver passado você não se lembrará de como você passou por ela, como você conseguiu sobreviver. Você nem mesmo terá certeza, na verdade, se a tempestade acabou mesmo. Mas uma coisa é certa. Quando você sair da tempestade, você não será a mesma pessoa que entrou nela.

 Kafka À Beira Mar, Haruki Murakami.


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Desconcertada, humilhada, envergonhada

Já começo dizendo que Em Chamas foi perfeito. Não vou fazer minha análise ainda porque o filme não saiu no resto do mundo, ou seja, a quantidade de gifs é bem escassa, e eu quero e preciso de vários momentos do filme, pra fazer o que eu quero. A única coisa que estragou meu dia, que foi no intervalo da primeira vez que assisti e a segunda, foi um comentário idiota que ouvi na rua e que, me considere idiota também, ou exagerada, me desanimou totalmente. Tirou minha alegria e animação (recuperei depois, mas só na hora do filme mesmo, aliás).

A segunda sessão que assisti foi com amigos e fomos pro shopping em questão à pé. Passando por uma rua, tinha um cara, nem nos incomodamos com ele. Continuamos conversando, e o que eu estava falando era algo como "...eu estava desnutrida", então o cara entrou na conversa, dizendo "você? Desnutrida?" e prontamente eu respondi "pois é". Porque eu respondi? Bom, existem pessoas que ficam por aí escutando trechos de conversas alheias e se metem, às vezes coisas aleatórias, ou até que tenham a ver com o assunto, pelo simples prazer de não sei qual seria esse tal prazer. Por isso respondi e, pelo mesmo motivo fiquei completamente desnorteada pelo que veio a seguir. "Com esse corpão?", ele continuou.

Foi como se eu tivesse sido atingida. Me senti sendo jogada no chão, chutada, agredida de diversas maneiras. Me senti humilhada também, principalmente por ter acontecido na frente dos meus amigos. Quando estou sozinha e esse tipo de coisa acontece também me sinto mal (e costumo ficar preparada pra me defender, rs), mas ter acontecido com os meus amigos do lado só tornou tudo pior.

Sempre odiei esse tipo de interação. Já ouvi homens defendendo isso ao dizer que as mulheres gostam, pois são elogios. Não, não são. Mas o pior é que existem sim mulheres que gostam desse tipo de coisa. Qual a necessidade disso? O propósito? Porque não apreciar aquela moça em silêncio, mentalmente? Imagino se toda vez que eu visse um cara bonito na rua eu fosse até ele e gritasse alguma coisa. Acaba de me ocorrer que eu pareceria louca, então penso: o que esses babacas pensam que estão parecendo? Eles pensam que estão parecendo alguma coisa? O que eles esperam ao proferir tais comentários? É tão estúpido.

Passei o resto do trajeto taciturna, pensando no quão envergonhada eu estava, no quão humilhada eu me sentia e se poderia ter sido evitado. Acho que mesmo se eu não tivesse respondido, o comentário complementar teria sido proferido. Fiquei torcendo que ao ver o filme novamente, minha alegria voltasse e tive medo que nem isso pudesse tirar isso da minha mente. Felizmente depois do filme tudo voltou ao normal (embora eu ainda torture o desgraçado mentalmente - taí outro motivo pelo qual certas coisas deviam ser silenciosas. Eles querem """"""""""elogiar""""""""", eu quero torturar. Imagina se eu falasse ou fizesse algo?). :3

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Sonhos crueis

Algumas pessoas se sentem agraciadas e felizes ao sonharem com entes queridos falecidos, mas eu não. Minha avó, por exemplo, em seis anos de morte do meu tio, se não me engano sonhou com ele apenas uma vez... Mas eu, ah, já eu acho cruel. No início era bom sonhar com ele. Mas agora, quando acontecem (e um bocado frequentemente), são sonhos onde nossas vidas continuaram como se a dele nunca tivesse terminado. E isso doi. Neles eu sei que alguma coisa está errada. Em alguns eu mesma me pergunto: mas ele não morreu? O que está acontecendo?, e é simplesmente péssimo. São fragmentos de um futuro e um presente que não tive, não tenho, e nunca terei. Cruel.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Mais um: e se?

     Na 2ª série, fui da sala de uma menina que parecia ser insuportável. Falava e fazia todo tipo de besteira, infernizava todo mundo, era chata, inconveniente, tudo que se pode considerar de ruim. Ela conseguia ser mais bagunceira do que todos os meninos juntos. Inclusive, na 3ª série ela foi da minha sala de novo e, uma vez, no recreio e simplesmente do nada, ela jogou a minha Coca-Cola em mim. Eu obviamente fiquei completamente emputecida e queria porque queria que ela me desse outra. Provavelmente não deu. Mas ela foi punida. Eu acho. Enfim. Mas lembro de um dia que ficou marcado até hoje na minha memória  e não sei porque exatamente ficou porque na época eu não havia entendido direito. Somente anos depois que, pensando no ocorrido, eu comecei a ter ideia do que se passava, e muitos sentimentos passaram por mim. Até hoje não me sinto confortável com isso, inclusive.
     Me lembro exatamente onde nos sentávamos. Ela sentava na fileira do canto, da janela, que dava direto pra companhia da polícia que ficava atrás/do lado da escola, e eu, na fileira do lado. Acho que ela na primeira carteira da fileira dela e eu na segunda da minha. Ela começou uma conversa por meio de bilhetinhos comigo, e era uma das coisas mais nonsense que já haviam sido faladas pra mim. No bilhete ela me perguntava o que eu faria se um homem me colocasse no colo dele e tocasse em mim. Eu olhei pro bilhete com a maior cara de WTF? e respondi que não faria nada, ora. Então ela escreveu algo como e se ele tocasse na sua... e, ao invés de completar a frase, ela desenhou algo que mais parecia um cachorro quente, entretanto era compreensível o que ela quis dizer. Foi até interessante que ela desenhou o que supostamente poderia ser um clitóris, que na época eu desconhecia a existência. Ao ler, ela me olhava esperançosamente, e até meio tímida, não sei dizer. Mas eu fiquei escandalizada. Do que diabos ela estava falando? Como assim? A partir daí eu não tenho mais certeza do que aconteceu, a lembrança vai só até essa parte. Mas me conhecendo, eu provavelmente devo ter dado um chega pra lá nela e terminado a conversa. Nunca contei pra ninguém e mantive trancado por muito tempo.
     Anos depois, da primeira vez que lembrei e pensei nisso e cheguei numa conclusão de que essa menina, a quem todos achávamos um saco, poderia ter sido abusada na infância, foi um choque. Eu tinha 8 anos e não havia nada que eu pudesse fazer, mas... Eu vejo relatos de crianças que contam coisas para os pais e então eles entram em contato com a escola, que entra em contato com autoridades e então fazem descobertas e salvam a vida das crianças e adolescentes e fico pensando se isso poderia ter acontecido. Mas primeiro, teria meu tio e avó acreditado em mim? Não que talvez eles pensassem que estivesse mentindo, mas eles teriam dado importância ao que eu contei? Eles entrariam em contato com a escola? E, se entrassem, a escola faria alguma coisa? E se fizessem, minha colega poderia ser salva? O que me leva a outro pensamento: mesmo depois de tirada de perto do abusador, uma vítima de abuso pode ser salva? Algum dia ela ficará bem? De verdade?
     Depois da 3ª série passei muito tempo sem ver essa menina. Quando a vi novamente acho que eu já estava no 2º ou 3º ano do 2º grau, e se não me engano aparentemente ela tinha tomado duas bombas. Provavelmente foi aí que eu lembrei daquilo e comecei a pensar nisso... Bom, sinceramente, tendo acontecido ou não, eu só gostaria que ela ficasse bem. De verdade.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A única coisa que importa

Seu primeiro beijo não é tão importante quanto o último.
A prova de matemática não tinha importância alguma.
A torta, sim.
As coisas em que você é bom e as coisas em que você é ruim são apenas partes diferentes da mesma coisa.
O mesmo serve para as pessoas que você ama e as pessoas que não ama, e para as pessoas que amam você e as que não amam.
A única coisa que importava era que você gostava de algumas pessoas.
A vida é muito, muito curta.

– Dezoito Luas, Margaret Stohl & Kami Garcia.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Princesa Mecânica


Acabei de traduzir por completo o livro Princesa Mecânica e, nesse momento, não há algo que me descreve melhor do que dizer que me sinto infinita. Não achava ser possível se identificar mais com um livro do que já fazia antes, mas aparentemente é e o fiz. Me pergunto se tradutores geralmente são acometidos por tais sentimentos ou se é uma coisa própria, totalmente e completamente minha. Talvez seja.
Já chorei com muitos livros. Nesse, chorei de tristeza, chorei de desespero, e uma coisa inédita: chorei de felicidade. Sim, já chorei com muitos livros. Mas de felicidade foi a primeira vez. Quanto ao choro, inclusive, é algo que eu gostaria de tratar num outro post, mas, no momento, tudo é Clockwork Princess e nada doi (mentira, tudo doi!).
Porque você se deu o trabalho de traduzir o livro? muitas pessoas me perguntaram. Bom, um dos maiores motivos é o fato de não ter previsão dele ser lançado em português e, muito menos, alguma tradução disponível, e eu queria muito, muito mesmo, que minha avó lesse. Me coloquei a traduzir assim que terminei de ler, e demorei  não tinha ideia do quão exaustivo seria traduzir um livro! Trabalhoso também. Mas devo admitir que demorei mais porque deixei de traduzir por vários dias. Foi trabalhoso e exaustivo, mas agora sinto falta. Minha avó me aconselhou a traduzir outro livro, mas não é do ato de traduzir que eu sinto falta. Eu sinto falta desse livro. Sinto falta desses personagens. Sinto falta dos meus amores, de uma forma que nem mesmo Harry Potter me fez sentir.
As Peças Infernais se tornou, definitivamente, uma das minhas séries/trilogias favoritas. Se compara a Jogos Vorazes no quesito o que causou em mim. Amo tanto, tanto, todos os personagens... Will. Oh, Will. Oh, meu Will. Não apenas o Will, mas me senti tão profundamente conectada com ele. E com a Tessa também. Ambos são como representações minhas... Talvez do que eu gostaria de ser, do que eu gostaria de ter, do que eu gostaria de conseguir. Como uma vez, no Príncipe Mecânico, disse meu querido Will Herondale:

Foram os livros que me fizeram sentir que talvez eu não estava completamente sozinho. Eles poderiam ser honestos comigo, e eu com eles.

Apesar de saber agora que em meados de novembro o livro será lançado aqui no Brasil, se alguém quiser lê-lo, traduzido com muito carinho e amor por mim, ficarei feliz em passar. Qualquer coisa é só me contatar no facebook ou no twitter (deixando claro que eu não estou ganhando nada com isso, e nem pretendo usar nada disso para fins comerciais). ;)


PS: Preparem-se para um Desafio de, possivelmente 30 dias, das Peças Infernais em breve, haha!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O começo da libertação

   Ontem, dia 24 de setembro, se tornou o dia em que eu, finalmente, deixei para trás oficialmente um dos meus captores. “Captores?, você diz. Captores, eu respondo. Há cinco anos sou refém de antidepressivos, tomando-os todas as noites desde os meus 14 anos. Passei por muitos remédios nesses anos de tratamento, até ir encontrando os que melhor se encaixavam em mim e me deixavam relativamente bem. Já tomei Rivotril e Clonazepam (que são a mesma coisa) e que não me ajudaram em nada  já cheguei a tomar 60 gotas e nada, continuei tão elétrica quanto antes ; Lítio  que controlou um pouco alguns surtos de euforia e, depois, melancolia, mas que no mais me fez apenas inchar; Oxcarbazepina  que aparentemente teria efeitos similares ao do Lítio, que depois que eu parei de tomar voltei a ter uns ataques ocasionais de agitação. Depois que comecei a tomar o Oleptal (que é o nome do remédio feito da substância), eu parei de tê-los. Admito que sinto falta desses ataques às vezes, era legal. Eu me sentia muito, muito energizada  apesar da melancolia que vinha depois não ser tão boa assim. É um dos remédios que ainda tomo. Paroxetina  que também estou continuando a tomar. Acho que é um dos que eu tomo há mais tempo. Já tomei também Fluoxetina, mas acho que por pouco tempo. Sertralina  que não deu muito certo e, depois de passar mal por uns três dias, eu mesma decidi que não ia mais tomar e abandonei o uso desse remédio, que acabou me levando de volta a... Amitriptilina  que é o remédio do qual estou livre!
Estou incrivelmente animada por ter sido liberada da Amitriptilina porque, apesar dos outros dois remédios (Paroxetina e Oxcarbazepina) também causarem efeitos colaterais, os dela eram os que eu mais sofria/sofro. Por causa dela eu suo excessivamente (principalmente no rosto, mais especificamente na testa e maçãs do rosto), tenho espasmos (principalmente nas pernas), fico constantemente com a boca seca, engordei fácil e rapidamente, tenho o apetite imenso e me canso facilmente. Ok, a Paroxetina também causa todas essas coisas também, mas agora que já tenho um remédio a menos acho que vai melhorar, certo? Sem contar que em breve, beeeeem em breve estarei livre de todos!
   Quando penso sobre estar falando sobre isso agora, se faço bem ou mal ao me expor tanto, volto diretamente para 2009 quando eu criei o blog. Inicialmente ele foi criado por uma Tuane de 15 anos que havia recém descoberto ser portadora de um tumor no ovário. Desde o princípio ele foi algo imensamente pessoal e que me ajudou profundamente, estando comigo nesses quatro anos que se passaram, mesmo eu tendo deletado os posts antigos. Eles não mais representavam quem eu sou. O nome antigo já não representava quem eu sou, ou mesmo o que eu já fui. Assim, chego a conclusão que (acho que) não me importo se o que acabei de dizer foi pessoal demais. Mesmo que seja parte do que eu quero deixar para trás, ainda faz parte de mim. E ainda pode ajudar outras pessoas.

Depois de séculos, volto a finalizar um post como se me despedisse de alguém no fim de uma carta.
Espero continuar melhorando cada vez mais. Espero deixar para trás tudo de ruim, que o que me catapulta para o futuro não sejam apenas mágoa e tristeza.
De todo o coração,
Tuane (ou se preferir, Jay).

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Não vou

     Recentemente venho sonhando muito com o meu pai, e é algo que não me é agradável. Todos os sonhos parecem ser ensaios de uma reconciliação; algo que é tão distante e improvável quanto... algo distante e improvável.
     Meu pai culpa a mãe dele por tudo que ele é (ou que não é) e por tudo que não conseguiu e não tem. Imagino, será que ele tem ideia do que ele foi pra mim? Do que ele causou? Do que ele fez? Do que eu me tornei em resultado de tais ações? Talvez ele pense que é apenas a vítima de uma história chamada "mamãe não me amava como os outros". No entanto ele criou outra história, na qual ele fez mais do que a mãe. Abandonou quem ele parecia ter lutado para ganhar a confiança, para ganhar o amor. Simplesmente pra depois jogar tudo no chão, quebrar. Talvez o que não tenha pensado é que o vidro que quebrou ao jogar no chão o pudesse cortar de volta.
     Eu poderia ser mesquinha, egoísta, falsa; Poderia ser igual a ele. Poderia estar me tornando igual a ele. Mas não estou. E não vou. Não vou.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Um homem só



As lágrimas secam e eu me esqueço
Que todo fim é sempre um outro começo
Tantas palavras, tantos arranhões

Transformando milagres em desilusões

Quando a noite cai eu volto aqui onde sempre estou
Quando o sol se vai eu volto a ser o que sempre sou:
Um homem só, um homem só

Amar é viver desaprendendo
Eu nunca espero nem me arrependo
Falando a verdade sem motivo
Revelando o segredo por trás do sorriso

Quando a noite cai eu volto aqui onde sempre estou
Quando o sol se vai eu volto a ser o que sempre sou:
Um homem só, um homem só

Quando a noite cai eu volto aqui onde sempre estou
Quando o sol se vai eu volto a ser o que sempre sou:
Um homem só, um homem só

Um Homem Só, Capital Inicial.

R.I.P.
Marcus Vinícius da Costa
★ 17/09/1963
 ✝ 24/05/2007

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Palavras insuficientes


Hoje esse carinha aí completa 10 anos. Wow. Eu, que leio e escrevo tanto, me torno incapaz de organizar palavras quando mais preciso. O que eu poderia dizer? Que sinto sua falta? Sim, muito. Que amo você? Bastante. Que pelos curtos minutos que conversamos você me surpreendeu com sua esperteza e maturidade? Sim, incrivelmente. Você não é mais aquele menininho avoado de cabeça enorme que deixou a minha casa alguns anos atrás, você cresceu. Gostaria de ter crescido com você, acompanhado todo seu desenvolvimento, rido das suas palhaçadas e, claro, te sacaneado muito. Mas sabe, nenhuma dessas palavras me parecem válidas, suficientes. Eu amo você, Juninho. Sinto sua falta. Sempre.

domingo, 25 de agosto de 2013

Literário Expresso 5

Pegue o livro mais próximo e siga as seguintes instruções:

 Abra na página 181;
 Procure a 5ª frase completa;
 Não escolha a melhor frase ou o melhor livro;
 Poste o trecho.
A chuva fez o rio encher, criou verdadeiros riachos nas sarjetas e transformou as estradas íngremes que levam a Pagford em pistas escorregadias e traiçoeiras. - “Morte Súbita, J. K. Rowling.

PS: a frase não é da página 181, mas sim da 183. A página 181 era o início da segunda parte do livro.

sábado, 24 de agosto de 2013

Re.

Manjadíssimo, eu sei. Roubado do Tumblr ou de alguém aleatoriamente no Facebook, mas acho super válido. Espero, realmente, do fundo do meu coração, conseguir chegar aí.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Influência

Há alguns anos li O Retrato de Dorian Gray e, apesar de algumas partes terem sido cansativas, foi um livro fascinante. Não há um personagem que não seja interessante e intrigante, em particular Sir Henry Wotton, que também responde por Lord Henry. Até ouso dizer que é um dos personagens mais inteligentes e incríveis que já vi, saindo d'O Retrato e entrando na lista de personagens que admiro. Uma de suas falas, inclusive, está entre uma das frases que as menininhas mais postavam em seus perfis do Orkut e em descrições de fotos no Facebook, com suas variações: Definir é limitar.

Uma coisa que ficou em minha mente foi uma conversa que ele tem com Dorian Gray quando o conhece no ateliê de Basil Hallward sobre influência. Isso tudo porque Basil tinha receio de apresentá-los por acreditar que sua influência em Dorian fosse algo ruim, que o mudaria, que o corrompesse.
- Boa influência é coisa que não existe, senhor Gray. Toda influência é imoral... Imoral do ponto de vista científico.
- Por quê?
- Porque influenciar uma pessoa é emprestar-lhe a nossa alma. Essa pessoa deixa de ter ideias próprias, de vibrar com as suas paixões naturais. As suas qualidades não são verdadeiras. Os seus pecados, se é que existe o que se chama pecado, vêm-lhe de outrem. Essa pessoa torna-se o eco da música de outra pessoa, intérprete de um papel que não foi escrito para ela. A finalidade da vida é para cada um de nós o aperfeiçoamento, a realização plena da nossa personalidade. Hoje, cada qual tem medo de si próprio; esquece o maior dos deveres: o dever que tem consigo mesmo. Naturalmente, o homem é caridoso. Dá de comer ao faminto, veste o maltrapilho. Mas a sua alma é que sofre fome e anda nua. A coragem abandonou a nossa raça. Talvez nunca a tenhamos tido. O temor da sociedade, que é a base da moral, e o temor a Deus, que é o segredo da religião... Eis as duas coisas que nos governam. 
Contudo, sou de um parecer que se o homem vivesse plena e totalmente a sua vida, desse forma a todo sentimento, expressão e toda ideia, realidade a todo devaneio... Creio que o mundo receberia um novo impulso eufórico, um impulso de alegria que nos faria esquecer todos os males do medievalismo e voltar aos ideais helênicos... Talvez a algo mais belo e mais rico do que o próprio ideal helênico. 
Mas o mais valoroso dos seres humanos tem medo de si mesmo. A mutilação do selvagem subsiste tragicamente da renúncia que nos estraga a vida. Somos punidos pelo que enjeitamos. Todo impulso que nos empenhamos em sufocar incuba no nosso espírito e nos envenena. Peque o corpo uma vez, e estará livre do pecado, porque a ação tem um dom purificador. Nada restará então, salvo a lembrança de um prazer, ou a volúpia de um arrependimento. A única maneira de se livrar de uma tentação é ceder-lhe. Resistamos-lhe, e nossa alma adoecerá de desejo do que proibimos a nós mesmos, do que as suas leis monstruosas tornaram monstruoso e ilegítimo. Tem-se o dito que os grandes acontecimentos do mundo ocorrem no cérebro. Também é no cérebro, e só nele, que ocorrem os grandes pecados do mundo.
A genialidade de Oscar Wilde é também algo que me admira muito. Ele, no século XIX, tinha em mente e expôs temas que nos continuam a atormentar. Temas que sempre serão atuais, seja no século XIX, XX ou XXI. Porém há partes que não poderia concordar mais e outras que prontamente refuto. É inegável que ocorre exatamente o que Lord Henry diz sobre influência, mas em outros casos imagino que seja diferente. Em alguns casos amigos influenciam uns aos outros, emprestam-se suas almas e tornam-se um só. Tornam-se um só mas continuam sendo vários. Cada um continua com suas ideias, paixões e sonhos – compartilham-nas, é verdade, mas não é como virassem reflexos um do outro, mas cúmplices. Se um alcança um objetivo, o outro vibra. Mas não o têm como dele, continua em busca do seu, de se realizar também. Eu exerço influência sob meus parentes e amigos, e eles em mim. Já a maneira de reagir a isso é individual. Quanto ao pecado, não há o que tirar nem por. Pelo menos não nesse momento em que minha mente está a dar voltas e piruetas pensando sobre influência, haha. Quem sabe depois, certo? ;)

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Você realmente quer jogar seu coração fora?

Sempre vejo jovens dizendo o quanto fogem de compromisso, que intimidade é uma droga e como nunca querem estar amarrados a alguém. Pode até ser que sejamos jovens demais para nos prender, mas o que sabemos sobre intimidade conjugal? Sobre uma vida de casal nossa? Como se toda a vida fôssemos querer ficar nessa de hoje, como se nunca fossem se cansar, como se nunca fossem ansiar por algo mais. As pessoas tem medo, é verdade. Mas as coisas são assim. Se você quer algo, precisa correr atrás. Precisa procurar, batalhar. Eventualmente aquilo que achou pode não ser o que estava procurando, mas é aí que você se recupera e vai atrás de uma nova oportunidade, uma nova chance. Pode ser que nunca se recupere, mas vai passar a vida inteira remoendo sobre algo que não deu certo? Deixar a miséria, a infelicidade te impedir de encontrar algo bom pra você? Alguns tem a sorte de encontrar de primeira ou nas primeiras vezes, outros vão demorar e uns pode até ser que nunca encontrem, mas o importante é nunca desistir. Nunca deixar que nada te impossibilite de ser feliz.

Houve uma época em que eu pensei que tinha sorte no amor. Achava isso porque tinha um cara superapaixonado por mim aos meus pés. Quantas garotas tem isso? Mas uma coisa importantíssima faltava no meu relacionamento: reciprocidade. Eu achava que ele amava o suficiente para ambos, mas esperava que algum dia eu viria a amá-lo de volta... Mas não foi assim. Não estou dizendo que tenha sido falso, mas também não foi real. Se eu o tivesse amado de volta, as coisas teriam sido diferentes  e eu realmente esperava que isso tivesse acontecido. De verdade. Eu não queria tê-lo magoado. Às vezes me pego pensando no quanto fui estúpida de ter deixado as coisas terem ido tão longe, eu era jovem demais e não fazia ideia do que estava acontecendo e, principalmente, o que estava acontecendo dentro de mim. Eu não estava pronta. Talvez nunca estivesse, que a verdade seja dita. Nós simplesmente não éramos pra ser. Não éramos.

Eu ainda espero amar alguém. Amar e ser correspondida. Deve ser maravilhoso. Eu não anseio por um príncipe encantado nem um amor de contos de fada, quero apenas sentir, presenciar, viver. Quero sair dessa inércia, dessa coisa de apenas sobreviver, de apenas existir, que é o que me acontece hoje. Quero sentir meu coração acelerado, pernas bambas, frio na barriga. Que seja por uma semana, um mês, um ano, a vida inteira; não importa. Não sei se estou preparada ainda, é verdade, mas se a outra pessoa estiver disposta, estarei também para amadurecer, evoluir. Do you really wanna throw your heart away, away, away?

(O título do post é uma frase da música Victims of Love do Good Charlotte, assim como a última frase do post, na língua original :D)

domingo, 14 de julho de 2013

Meet Mia!

Este é um post que eu já deveria ter feito há mais tempo, tendo em vista que a Mia chegou no dia 4 desse mês. Mas além da preguiça teve todo aquele período pra se acostumar, conhecer tudo... Não, era só preguiça mesmo. Sem desculpas. Fim.
Desde a época em que eu sonhava com o Jake, minha tia sonhava também com uma cadelinha para ela e, consequentemente, a Giovana também. Na época ela tinha só uns 5 ou 6 anos, então o negócio era mesmo a minha tia. Mesmo assim ambas dizem que esperam pela cachorrinha - que agora tem nome, Mia - há quatro anos.


Bom, a Mia é a coisinha mais cutecute ever. O que mais eu poderia dizer? Haha. Posso dizer também que estou na casa da minha tia todos esses últimos dias e mais alguns por causa dela, já que ela trabalha de manhã e de tarde e também durante o período da tarde minha prima estuda. Tenho um certo receio porque eu estou me afeiçoando muito ao bebê e é recíproco. E a Giovana morre de ciúmes! Mia me segue pra tudo quanto é lado e ela não gosta nem um pouco, auahuaha.


Ela é muito diferente do Jake. Tipo, o oposto. Antes da Mia chegar eu vivia alertando a Giovana sobre coisas que nunca chegaram a acontecer. Lhe dizia que demorou dois dias e três noites pro Jake se acostumar comigo e com a casa e virar aquilo que é hoje. Alertava que provavelmente poderia ser que ela se escondesse e andasse por trás dos móveis e até que ficasse a vigiando de longe. Não poderia estar mais errada! Mia chegou praticamente já mandando no lugar. Ok, não assim hauahuaha. Mas passou uma ou duas horas na casa nova e ela já estava totalmente adaptada, digamos assim. Brincando, correndo, nada tímida. Fui logo notando as diferenças. Mia é extrovertida, Jake é introvertido. Não só é introvertido como é tímido também (tenho pra mim que ser tímido e ser introvertido não é a mesma coisa. Uma vez que você conhece a pessoa introvertida pode se tornar a mais extrovertida de todas, como é meu caso, inclusive. Agora, também pra mim, timidez é outra coisa. Timidez pra mim é ter medo ou vergonha de entrar numa loja e perguntar o preço de algo, por exemplo. Ou ter medo ou vergonha de puxar papo, de conversar. O introvertido não conversa não porque tem medo ou vergonha, mas porque não quer, porque prefere estar como está. Enfim, mudei muito de assunto ahuahuaha bora voltar). Me deixou um tanto desnorteada, do tipo "tudo que eu conheço é uma mentira!", hm, parei. Sério.

                            
Última foto fofíssima pra finalizar, rs.

domingo, 7 de julho de 2013

Registros

Quando fui diagnosticada com um tumor (benigno) no ovário, me deram uma sugestão de começar um diário ou algo parecido. Escrever sobre o que eu sentia, tanto físico quanto psicologicamente, qualquer coisa. Eu só não sabia que minha avó havia começado um também.
Enquanto eu comecei um blog, ela começou a escrever em um caderninho. Mas não foi exatamente ao mesmo tempo que eu, já que eu comecei o blog cerca de 15 dias antes da cirurgia; ela fez um registro do que aconteceu durante meu período de internação.

Encontrei o tal caderninho um dia desses. Achei o máximo ler suas anotações. Descobri tanta coisa que não sabia! Algumas coisas escritas foram grandes revelações para mim. Apesar de ser um tanto pessoal, resolvi que gostaria de compartilhar.
Dia 29/07/2009
19:25  Estamos aqui no HPM outra vez. Dia 16/07 trouxe a Tuane para uma consulta de rotina, e... um susto atrás do outro. A cap. Karla achou uma coisa estranha e a princípio suspeitou de gravidez, o que eu e Tuane falamos que não, então fez um ultrassom e constatou uma massa imensa no abdome. Ficamos internadas para uma série de exames. É um cisto imenso. Como ela estava com pneumonia atípica, fomos para casa e ela começou a tomar antibióticos e depois de novos exames a Tuane está aqui do meu lado outra vez no HPM. Amanhã dia 30 as 13 horas ela vai ser operada. 
Dia 30/07
Tuane está no soro desde ontem, ela parece bem calma mas eu acho que ela está bem nervosa.
12:40 vieram buscá-la. Júnia está aqui comigo, descemos junto com ela (Tuane), o pai nos esperava lá embaixo. Acompanhamos até a entrada do bloco cirúrgico. A enfermeira nos chamou para conversarmos com a anestesista, senti firmeza com ela. Tuane está em boas mãos, graças a Deus.
Dr. Sandro e Dr. Humberto chegaram. Estamos na sala de espera, são 13:05, agora é esperar.
O CTI é aqui perto, morreu o pai de duas moças que eu estavam aqui na sala esperando o horário de visitas.
16:10  acabou a cirurgia. O Dr. Humberto passou indo almoçar e nos deu notícias. Correu tudo bem, amém.
17:30 +/-  acompanhamos Tuane para o quarto. Vou ficar com ela.
19:40  O dr. Sandro veio ver a Tuane antes de ir para casa. Mostrou os retratos do cisto, é imenso. Deu ordem para alimentos leves e foi embora. Tuane começou um prato de sopa, estava com fome. Ela está bem. 
Dia 31/07
12:00  almoçou pouco. A dra. Amanda fotografou a cirurgia e nos mostrou o cistão, é grande mesmo e nos contou que durante a cirurgia a Tuane acordou, olhou para o lado e disse “bacana demais e voltou a dormir. 
13:40  a Júnia chegou, trouxe mais Toddynho e chocolate para a Tuane. Eu então fui até em casa tomar banho e trocar de roupa (eu só trouxe uma muda de roupa).
17:30  voltei e Júnia está indo embora. O dr. Sandro veio cedo e Tuane já estava de banho tomado e com a barriga enfaixada.
18:00  chegou o jantar e Tuane não quis. Ela está muito nervosa agora não sei porque. 
Dia 01/08/2009
Já estou de birra com tantas pessoas entrando e saindo para ver a menina do cistão, é médico (estudantes) e enfermeiras.
10:00  Tá acontecendo alguma coisa errada. As enfermeiras, pessoal da limpeza, todo mundo de máscara e luvas, vou perguntar.
11:45  Tem um caso suspeito de meningite, estão dando alta para os pacientes internados, até a Tuane depois que o dr. Sandro vier deve ir pra casa.
14:00  O Raphael (namorado dela) veio e ficou até o dr. Sandro chegar e dar alta. Vamos embora. Graças a Deus porque não podemos sair do quarto por causa da criança doente aqui do lado. Não sei o sexo dele ou dela?
17:00  Vamos pra casa. Amém. A criança do lado morreu. Não contei pra Tuane, não quero ela mais nervosa do que já está.
19:00  Tuane em casa já no seu quarto, cercada pelos familiares que a amam. Será? Espero que o pai goste dela de verdade. Ela quer acreditar e eu também que é verdade mesmo.
Então acaba. Não sabia das duas histórias desses pacientes que morreram e, inclusive, essa criança eu nunca pensei que fosse meningite. Eu na verdade pensava que no quarto do lado havia dois casos de suspeita de gripe suína! Gostaria de lembrar porque eu estava nervosa, realmente não me lembro. Lembro apenas de dormir muito, tomar muito Toddynho, achar a sopa do hospital bem gostosa, acordar de tempos em tempos pra tomar remédio, trocar soro ou tomar injeção, e... Só. Ah, lembro também dessa galera que entrava o tempo todo. Lembro de uma enfermeira grávida (cuja criança o nome seria Larissa) e de uma outra enfermeira brutamontes que fez com que a injeção doesse e que trocava a faixa de forma estranha, super bruta mesmo, como se eu fosse uma boneca. E para finalizar: Não era verdade. Não estava cercada por familiares que me amavam. Fomos enganadas...

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Inesperado

Um susto. Um grande susto. Um imenso, grande, enorme, massivo susto. Um incrivelmente enor... Tá, acho que já está mais do que entendido, compreendido e computado que algo inesperado aconteceu.


Nessa segunda-feira, dia 10 de junho, recebi um telefonema cuja pessoa do outro lado da linha era uma das últimas que eu esperaria atender. Meu irmão. Pra mim era mais fácil Harry Styles me surpreender com uma ligaçãozinha marota me chamando pra sair do que meu irmãozinho, ainda mais pelo motivo “Queria ouvir sua voz. Quando atendi a ligação de um número estranho, perdi meu chão quando ouvi Tuane, é o Júnior!. Na minha cabeça fiquei muda pelo que pareceu ser uma eternidade para mim, mas que na realidade não houve mais do que no máximo 5 segundos de silêncio.
Depois de recuperada (aliás, acho que ainda agora não me recuperei), engatamos uma conversa. Ele me contou que agora não faz mais tanta bagunça na escola, o que duvido, rs. Perguntei-lhe sobre a Belinha (nossa vira-lata Bellatrix) e ele me contou que ela morreu. É até algo que eu já imaginava, já que quando ela ainda estava aqui eu notei que uma de suas tetas estava de um tom mais claro, maior e granulosa. Não sou médica ou veterinária, mas suspeitei que fosse algo grave, apesar de ninguém me dar ouvidos... Ele então me contou que depois dela, ele teve mais outros dois cães. Um que morreu e eu não lembro o motivo e um outro que teve que ser sacrificado. Em suas palavras: Ele me amava e eu amava ele. Aparentemente esse último cachorro ocasionalmente ficava com as quatro patas paralisadas, sem conseguir se levantar ou andar. Diz ele que de vez em quando ele recuperava os movimentos, brincava e corria com ele. Disse também que seu tempo resumia-se apenas a fazer para casa e brincar com ele. Depois de um tempo passamos a falar sobre Pokémon e então a ligação caiu. Ficamos uns 14 minutos conversando.

E agora?, pensei. Ainda não havia absorvido a ideia de que havia acabado de conversar pelo telefone com meu irmão. E por quase 15 minutos! Nos últimos dois anos sabe quanto tempo eu passei com ele? Quanto tempo conversei com ele? Nos nossos três encontros desde que eles foram embora, soma-se todos eles e ainda não bate a marca de quanto tempo conversamos pelo telefone dessa vez. Mas então, o que eu faria em seguida? Pensei em ligar de volta. Mas não, melhor não. Talvez esse fosse o número da mãe ou do pai, ou talvez fosse o número de alguma outra pessoa. Ele me ligou, é verdade, mas quem disse que eu poderia ligar? E se ele tivesse ligado escondido? Pensei em mandar uma mensagem. Digitei “aconteceu alguma coisa? e fiquei olhando para a tela por algum tempo, sem coragem de enviar, sem saber se podia. Pensei em deixar pra lá. Talvez isso nem tivesse acontecido. Poderia ter sido um delírio? Não sei, eu nunca havia chegado a esse ponto, mas era uma possibilidade. Mas não, não foi dessa vez que dei uma de Rick Grimes.
Passado mais alguns segundos, não menos do que 60, não mais do que 300, ele me liga de novo. A cobrar dessa vez. Pensei então que essa era a deixa que eu precisava, de que eu não só poderia como deveria ligar de volta. Seus créditos haviam acabado e aquele número era dele. Tentei fazer uma brincadeira sobre o quanto ele parecia estar importante e chique tendo seu próprio celular, mas tudo me parecia tão estranho e falso. Perdemos toda a intimidade. Dividimos o mesmo sobrenome, o mesmo pai; mas não dividíamos mais a cumplicidade, aquela parceria e carinho de irmão/irmã Perdemos aquilo que levamos tanto tempo para construir. É uma das coisas que me deixa arrasada, inclusive. Ele me perguntou se eu tinha algum número da Oi ou da Tim para podermos nos falar mais livremente e apesar de eu lhe dizer que poderia ligar do meu número Vivo sem problemas (no final teria problemas sim, alterações bem grandinhas na minha conta, rs. Mas não me importei muito, na verdade). Ele disse então que ligaria no celular da minha prima, que possui dois números, um deles Tim. Não conversamos muito nessa segunda vez porque uma briga acabou por começar. Mas isso aí já é outra história, uma que não vale a pena comentar e nem mesmo lembrar.

No dia seguinte recebo mensagens de um outro número desconhecido dizendo para eu ligar também, depois pedindo desculpas por não ter podido ligar novamente. Na quarta recebo mais um Tuane liga para mim também. Liguei. Ele me diz que a mãe comprou um chip da Vivo pra ele. Logo percebo que ele está conversando comigo ao invés de almoçar, então o deixo ir. Não conversamos mais porque estava indo para o curso, logo, não poderíamos papear mais.


E agora? Continuo nessa mesma ainda. O que diabos aconteceu? Ainda espero a qualquer momento surgir o Sérgio Mallandro, o Ashton Kutcher, a Miley Cyrus, todo mundo brotando me dizendo que foi tudo uma pegadinha, que nada disso aconteceu de verdade OU QUE ALGUÉM ME EXPLIQUE O QUE TÁ ACONTECENDO. SÉRIO MESMO. O menino me liga, a mãe dele compra um chip da Vivo... Oi? Gente, masoq? Isso não se faz! Socorro, o que está acontecendo!?

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Minha ligação com os livros e minha relação nada saudável com eles

Título imenso, mas não tinha como encurtar (tinha sim, só não quis, rs). Amo livros. Amo ler. Sempre gostei, desde que aprendi - e antes disso também. Quer me deixar feliz é me levar numa Leitura, Fnac ou Saraiva (essa última até que nem tanto, já que é muito difícil eu ir no Diamond Mall que é o único lugar que há uma), e quer me deixar ainda mais feliz é poder comprar algum livro ou mais. Quer me deixar em estado de êxtase, sentindo como se tivesse alcançado o nirvana? Me dê crédito infinito para poder gastar nesses lugares. Um orgasmo deve ser tipo isso, imagino. Mas ó, só de poder passear livremente por entre as estandes e corredores de livros, podendo vê-los, pegá-los, senti-los, conhecê-los e admirá-los já me deixa feliz.

Mas vai além disso. Pra mim um bom livro não é apenas aquele que você chora ou, como já vi em uma tirinha, não é aquele que você para vez ou outra pra dizer fuuuuuuuck. Até porque já chorei com livros que não gostei, assim como já parei incrédula com algo que aconteceu em um que eu, obviamente, acabei por não gostar depois. E claro também que há aqueles que eu faço tudo isso e um pouco mais e os amo, rs. Mas sinceramente? Não sei dizer qual é a fórmula pra me fazer não gostar de um livro ou o que me faz gostar dele e mais, o que me faz amá-lo. Às vezes simplesmente não acontece, é tipo... Química. Não rola química entre o livro e eu. Exemplos de livros que não gostei são Depois Daquela Viagem, de Valeria Piassa Polizzi e a série Fallen, de Lauren Kate.

Quando começo a ler um livro, nem sempre também a química é imediata. Às vezes demoramos a nos conectar; mas uma vez dentro da história me torno outra pessoa. Não sou mais Tuane Jade, mas sim uma personagem, seja o principal ou alguém muito próximo que o ama e o quer bem, que teme por sua vida, por seus objetivos, por seus sonhos. Por isso sofro. A cada perda, a cada desilusão, cada decepção, sinto como se fosse minha. Uma vez após terminar um livro me senti tão atingida, revoltada, injuriada, frustrada; que na época passei a sessão inteira de terapia falando apenas sobre isso com a psicóloga. Não só com ela, mas com todo mundo, rs. E não conseguia formar frases inteligíveis, apenas resmungava e quando começava a falar coisa com coisa, não conseguia mais e só saía "não, vei. Não. Simplesmente não. Ah nem. Não, vei. Não. Não. Não, não, não". Tipo assim.

Geralmente quando termino de ler um livro não tenho uma noite inteira de sono. Não consigo dormir apenas pensando e raciocinando sobre aquilo que li, imaginando finais alternativos, o que teria acontecido caso tal coisa não acontecesse, o que acontecia antes de a história do livro começar, e afins. Também penso em como aquilo me atingiu. Como exemplo, temos a trilogia de Jogos Vorazes. Passei a noite inteira chorando, desde que terminei a leitura. Ainda hoje lembro de algum acontecimento e tenho uma vontade imensa de chorar (já aconteceu no ônibus hauahuahauha sério! Do nada lembrei de uma personagem, de sua trajetória e de seu final) e às vezes me permito fazê-lo. Choro pelos acontecimentos, pelos personagens, por seus destinos. Muitas vezes meu pesar vem porque eles não tiveram a oportunidade de ter um futuro. Sim, penso tudo isso em relação à personagens de livros. Pra mim eles se tornam pessoas reais, meus amigos, minha família; se tornam parte de mim. E os amo de todo meu coração.

Esse dia dos namorados dedico à mim e aos meus livros, com quem tenho um relacionamento mais do que sério e se existisse alguma coisa mais do eterna, seria meu amor por eles. Meus lindos, amo vocês! (mesmo que vocês me machuquem e me deixem perturbada, arrasada pelo resto da vida).

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Meu primeiro pai

Se estivesse vivo hoje meu avô paterno estaria completando 82 anos de idade. Falecido há 14 anos, sinto muito em dizer que não tenho muitas lembranças dele; mas as histórias que ouço sobre grande parte de sua vida  como seu relacionamento com minha avó e filhos  me deixam estupefata, pois em nenhuma delas consigo identificar o homem que conheci. Histórias antigas mostram como ele não tinha problema algum em humilhar a esposa ou os filhos, como era de certa forma maldoso e como parecia mais disposto a ajudar os amigos e conhecidos do que a própria família; de forma alguma parecido com o senhor carinhoso, que me chamava de linda, que me trazia caramelos todos os dias. O mesmo que me levava sempre a uma mini-praça (que aliás, nem deveria chamá-la assim, apesar de que se não chamar de praça, como a definirei? Não tenho ideia do que era) porque eu adorava escalar uma pedra imensa e me sentir como se fosse a dona do mundo, do alto dela.

Talvez a idade o tenha mudado. Talvez meu nascimento o tenha mudado. Gosto de pensar que tenha sido esse o motivo e também fico satisfeita por outras pessoas pensarem da mesma maneira. Apesar de, como eu disse anteriormente, ele ter se tornado uma outra pessoa quando nasci, não muda o passado e as lembranças de que nem sempre ele foi assim. Ainda hoje eu não sei se tenho  ou mesmo se seria capaz  de formar uma opinião sobre isso e sobre ele, mas sei que não vou, não posso e nem deveria classificá-lo como algo em particular. Afinal, quem sou para isso? Quem sou eu pra dizer se ele foi uma pessoa boa ou uma pessoa ruim? Até porque não acho que existam pessoas inteiramente boas e/ou pessoas inteiramente ruins. Todo bem há um pouco de mal e vice versa.

Não tenho muitas lembranças dele e nem ao menos me lembro de sua voz (algo que lamento), mas foi incrivelmente especial para mim. Por cinco anos ele foi meu pai  e por muito tempo foi ele o único a quem eu conseguia me referir e chamar de pai. Aliás, não o chamava apenas de pai, mas sempre de papai. Também o homenageei colocando seu nome  João  no meu cachorro (qual é, eu tinha cinco anos!), meu primeiro, um poodle preto que tinha uma adorável mancha branca como se fosse um cavanhaque e uma outra no peito, como se fosse uma gravata. Apesar dos pesares é com alegria que digo que não importa o que tenha acontecido no passado, ele ainda é lembrado, e com carinho. Papai, amo você!

R.I.P.
João P. da Costa
★ 07/06/1931
✝ 19/06/1999

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Literário Expresso 4

Pegue o livro mais próximo e siga as seguintes instruções:

Abra na página 181;
Procure a 5ª frase completa;
Não escolha a melhor frase ou o melhor livro;
Poste o trecho.
Se eu tivesse recebido a carta imediatamente, já poderíamos estar a salvo em Valfenda agora. – O Senhor dos Aneis: A Sociedade do Anel J. R. R. Tolkien.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Life Gif Challenge

Como da outra vez que eu fiz um post sério e então fiz um post de gif challenge, assim será dessa vez também. Não é novidade que eu adoro essas coisas idiotas. Fazê-las, revê-las e rir tanto quanto da primeira vez que as fiz. Talvez eu seja mais idiota do que eu pensava - ou mesmo mais idiota do que você pensava -, mas acho que posso dizer que esses posts me fazem bem. Fico feliz com isso... Se é que isso pode ser chamado de "felicidade".

Eu nunca fiz um challenge que fosse sobre a minha vida, por assim dizer. Me faz lembrar muito daquelas brincadeiras que fazemos quando criança, quando tentamos "adivinhar" o futuro. O combinado é usar cada 3º gif, mas como eu não tenho certeza se entendi direito vou sempre contar e postar os múltiplos de três. Let's go!

O é a reação dos seus pais ao seu nascimento.

"É o bastante!" What.

O é o seu primeiro dia em casa.

Me parece ótimo.

Oé sua primeira lembrança.

"Eu não faço ideia de como responder a isso". Embaraçoso, presumo.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Seis anos atrás...


The sun comes up and you are all over my mind
You're in my brain before I can open my eyes
As I go on without you
My heartbeat won't slow down
I need you back like I need air to breath this out
Há exatos seis anos, por volta de 20h30 eu receberia uma notícia que causaria uma grande reviravolta em minha vida e que a mudaria para sempre. Pode parecer um tanto dramático demais  e nem penso em dizer que não seja , mas quando a história é conhecida já não se pensa ser tanto drama assim. No dia 24 de maio de 2007 falecia meu tio, que também era meu padrinho e, principalmente, meu pai de criação, Marcus. Meu tio Marquinho.
All I can do is keep you closer now
Cause I know you're somewhere out there looking down
Wherever you are
I hope you can see me smiling
Eu procuro manter minha mente longe de pensamentos do estilo como minha vida seria se você estivesse aqui?, mas há duas datas em que é quase impossível não pensar sobre isso: seus dois aniversários. O de nascimento e o, infelizmente, de morte. Tudo seria tão diferente. Eu provavelmente seria um tanto mais perdida e dependente, mais fútil também, talvez. Mas certamente não teria conhecido grande parte da tristeza e decepção que conheci, não teria caído em tal abismo que ainda hoje luto para escalar, caindo e tentando recuperar altura. Não é certo colocar a culpa em outras pessoas, ainda mais em quem nem aqui está mais, mas o que eu poderia fazer? Mentir? Pois é, tio. Estou assim por sua culpa. Você disse que ia voltar. Você disse que voltaria, no entanto nunca mais pude ver seus olhos, ouvir sua voz. Entro em pânico só de pensar em esquecê-la e já me entristeço de só lembrar de como ela era quando você brigava comigo. Tenho medo de esquecer da sua voz como esqueci a do meu avô, a quem eu chamei de pai. Tive três pais; dois a Morte levou e o outro, ele mesmo fez questão de se retirar da minha vida. Mas se você estivesse aqui, você não teria permitido. Você jamais teria deixado ele me ferir da forma que feriu. Você me protegeria. Eu não só me sentiria segura, como estaria. Sabe o que é irônico? No meu primeiro celular  que você me deu  o seu toque (polifônico!) era “Não Sei Viver Sem Ter Você, do CPM22. Algumas pessoas já chegaram a me dizer que eu sentia falta apenas do seu dinheiro e das coisas que você me proporcionava; mas não, tio. Nunca foi. Apenas eu sei o quanto eu trocaria para ter você de volta. Sabe tudo que você me deu? Todos os lugares que me levou, todas as pessoas que conheci, tudo que ganhei; nada, NADA se equivale à você. Sua presença. Você.
The sky gets dark
I watch the water here at home
It's six* years now and I'm still learning to let go
It's not the same without you
There's no one keeping time
You were the rhythm that was bringing us to life
Sou grata pelos 13 anos que passamos juntos. Sou grata por ter cuidado de mim. Sou grata por ter ficado comigo, por ter me amado, por apenas ter me deixado quando não pôde mais ficar. Sei que nunca me deixaria de propósito. Obrigada por ter pensado em mim mesmo quando quase não aguentava respirar. Obrigada por ter me ligado todas as noites. Me perdoe por não ter sido forte o suficiente para massagear suas costas quando você estava magro e fraco demais e suas costelas proeminentes. Me perdoe, pois eu sei que eu nunca vou me perdoar por isso.
All I can do is keep you closer now
'Cause I know you're somewhere out there looking down
Wherever you are
I hope you can see me smiling now
As pessoas dizem que com o tempo melhora. Não melhora. Dizem que o tempo cicatriza as feridas. Não cicatriza. “Algumas feridas são profundas demais para cicatrizar, ou profundas demais para cicatrizar depressa, assim marca uma frase d'O Nome do Vento. Eu não poderia concordar mais. Essa ferida jamais irá fechar. Haverá períodos em que doerá menos, mas estará sempre aqui. Tio, te amo, te amo, te amo. Mesmo que te amo não seja correto, meu amor o é.
Sometimes I can't help but think that I
Have you right behind me all this time
If only you could have a chance to see
All the happiness you gave to me
Mas fui egoísta também. Aliás, não fui, eu sou. A culpa não é sua. Sei que você não tinha intenção nenhuma de tudo o que aconteceu. Sei também que meu maior egoísmo foi ver seu sofrimento e ainda assim querer que você ficasse. Enquanto você pensava em mim, eu também pensava em você, mas não da maneira correta. Se você tivesse sobrevivido, você teria melhorado? Voltado ao que era? Deixando os sentimentos de lado e pensando mais logicamente, acho que não. Além de todos os problemas físicos que você teve, ainda houve todo aquele trauma emocional que você não apenas sofreu enquanto esteve doente, mas por toda a sua vida. Sabe tudo aquilo que eu escrevi sobre tudo ser sua culpa? Então, esquece isso. Pensamentos bobos de uma adolescente boba. Enquanto você pode você esteve aqui, mas agora você está livre! Eu sofro, sou triste, mas também sou feliz e tenho momentos de felicidade. E de onde você estiver, espero que possa me ver sorrindo.        


Yellowcard - See Me Smiling

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Tornando-se VERDE!

No dia 19 de maio de 2013 eu me tornei... Faixa verde em Taekwon Do! Depois de mais ou menos um ano e meio sendo faixa amarela, subi na hierarquia.

Minha mãevó colocando a faixa nova em mim. ♥

Apesar de poder trocar de faixa de quatro em quatro meses, meu mestre prefere que nós tenhamos mais experiência e que quando chegar a data do exame, nós mostremos técnicas perfeitas, nenhuma hesitação.
Na hora do exame estive mais nervosa do que consigo explicar. Acho que nem nas provas finais do colégio eu estive tão nervosa.

Mestre Luiz, Dindinha, Giovana, eu e mãevó. :3

Agora vem sendo tão estranho ser faixa verde. Tudo parece tão diferente apesar de quase nada ter mudado. A única coisa que mudou foi a cor da faixa ao redor da minha cintura, mas ainda assim é estranho. Já que demorei um ano e meio para trocar de faixa, vamos ver em quanto tempo eu levo para virar faixa azul! Ha. :B