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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Palavras insuficientes


Hoje esse carinha aí completa 10 anos. Wow. Eu, que leio e escrevo tanto, me torno incapaz de organizar palavras quando mais preciso. O que eu poderia dizer? Que sinto sua falta? Sim, muito. Que amo você? Bastante. Que pelos curtos minutos que conversamos você me surpreendeu com sua esperteza e maturidade? Sim, incrivelmente. Você não é mais aquele menininho avoado de cabeça enorme que deixou a minha casa alguns anos atrás, você cresceu. Gostaria de ter crescido com você, acompanhado todo seu desenvolvimento, rido das suas palhaçadas e, claro, te sacaneado muito. Mas sabe, nenhuma dessas palavras me parecem válidas, suficientes. Eu amo você, Juninho. Sinto sua falta. Sempre.

domingo, 25 de agosto de 2013

Literário Expresso 5

Pegue o livro mais próximo e siga as seguintes instruções:

 Abra na página 181;
 Procure a 5ª frase completa;
 Não escolha a melhor frase ou o melhor livro;
 Poste o trecho.
A chuva fez o rio encher, criou verdadeiros riachos nas sarjetas e transformou as estradas íngremes que levam a Pagford em pistas escorregadias e traiçoeiras. - “Morte Súbita, J. K. Rowling.

PS: a frase não é da página 181, mas sim da 183. A página 181 era o início da segunda parte do livro.

sábado, 24 de agosto de 2013

Re.

Manjadíssimo, eu sei. Roubado do Tumblr ou de alguém aleatoriamente no Facebook, mas acho super válido. Espero, realmente, do fundo do meu coração, conseguir chegar aí.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Influência

Há alguns anos li O Retrato de Dorian Gray e, apesar de algumas partes terem sido cansativas, foi um livro fascinante. Não há um personagem que não seja interessante e intrigante, em particular Sir Henry Wotton, que também responde por Lord Henry. Até ouso dizer que é um dos personagens mais inteligentes e incríveis que já vi, saindo d'O Retrato e entrando na lista de personagens que admiro. Uma de suas falas, inclusive, está entre uma das frases que as menininhas mais postavam em seus perfis do Orkut e em descrições de fotos no Facebook, com suas variações: Definir é limitar.

Uma coisa que ficou em minha mente foi uma conversa que ele tem com Dorian Gray quando o conhece no ateliê de Basil Hallward sobre influência. Isso tudo porque Basil tinha receio de apresentá-los por acreditar que sua influência em Dorian fosse algo ruim, que o mudaria, que o corrompesse.
- Boa influência é coisa que não existe, senhor Gray. Toda influência é imoral... Imoral do ponto de vista científico.
- Por quê?
- Porque influenciar uma pessoa é emprestar-lhe a nossa alma. Essa pessoa deixa de ter ideias próprias, de vibrar com as suas paixões naturais. As suas qualidades não são verdadeiras. Os seus pecados, se é que existe o que se chama pecado, vêm-lhe de outrem. Essa pessoa torna-se o eco da música de outra pessoa, intérprete de um papel que não foi escrito para ela. A finalidade da vida é para cada um de nós o aperfeiçoamento, a realização plena da nossa personalidade. Hoje, cada qual tem medo de si próprio; esquece o maior dos deveres: o dever que tem consigo mesmo. Naturalmente, o homem é caridoso. Dá de comer ao faminto, veste o maltrapilho. Mas a sua alma é que sofre fome e anda nua. A coragem abandonou a nossa raça. Talvez nunca a tenhamos tido. O temor da sociedade, que é a base da moral, e o temor a Deus, que é o segredo da religião... Eis as duas coisas que nos governam. 
Contudo, sou de um parecer que se o homem vivesse plena e totalmente a sua vida, desse forma a todo sentimento, expressão e toda ideia, realidade a todo devaneio... Creio que o mundo receberia um novo impulso eufórico, um impulso de alegria que nos faria esquecer todos os males do medievalismo e voltar aos ideais helênicos... Talvez a algo mais belo e mais rico do que o próprio ideal helênico. 
Mas o mais valoroso dos seres humanos tem medo de si mesmo. A mutilação do selvagem subsiste tragicamente da renúncia que nos estraga a vida. Somos punidos pelo que enjeitamos. Todo impulso que nos empenhamos em sufocar incuba no nosso espírito e nos envenena. Peque o corpo uma vez, e estará livre do pecado, porque a ação tem um dom purificador. Nada restará então, salvo a lembrança de um prazer, ou a volúpia de um arrependimento. A única maneira de se livrar de uma tentação é ceder-lhe. Resistamos-lhe, e nossa alma adoecerá de desejo do que proibimos a nós mesmos, do que as suas leis monstruosas tornaram monstruoso e ilegítimo. Tem-se o dito que os grandes acontecimentos do mundo ocorrem no cérebro. Também é no cérebro, e só nele, que ocorrem os grandes pecados do mundo.
A genialidade de Oscar Wilde é também algo que me admira muito. Ele, no século XIX, tinha em mente e expôs temas que nos continuam a atormentar. Temas que sempre serão atuais, seja no século XIX, XX ou XXI. Porém há partes que não poderia concordar mais e outras que prontamente refuto. É inegável que ocorre exatamente o que Lord Henry diz sobre influência, mas em outros casos imagino que seja diferente. Em alguns casos amigos influenciam uns aos outros, emprestam-se suas almas e tornam-se um só. Tornam-se um só mas continuam sendo vários. Cada um continua com suas ideias, paixões e sonhos – compartilham-nas, é verdade, mas não é como virassem reflexos um do outro, mas cúmplices. Se um alcança um objetivo, o outro vibra. Mas não o têm como dele, continua em busca do seu, de se realizar também. Eu exerço influência sob meus parentes e amigos, e eles em mim. Já a maneira de reagir a isso é individual. Quanto ao pecado, não há o que tirar nem por. Pelo menos não nesse momento em que minha mente está a dar voltas e piruetas pensando sobre influência, haha. Quem sabe depois, certo? ;)