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terça-feira, 19 de março de 2013

Cicatrizes

Pessoas tem cicatrizes. De todas as formas e lugares inesperados, como mapas secretos de suas histórias pessoais.
Diagramas de todas as suas antigas feridas.
A maioria das feridas se curam, deixando nada além de uma cicatriz.
Mas algumas delas não.
Algumas feridas nós carregamos conosco em todo lugar, e apesar do corte ter sido há muito tempo, a dor ainda persiste...

segunda-feira, 18 de março de 2013

Pokémon Gif Challenge

Tenho forçado demais a cabeça nos últimos dias (nos últimos três meses, aliás, muito mais do que o normal), então vou fazer mais um gif challenge. Eu os amo. Acho que dá pra notar, heh.
Dessa vez será sobre Pokémon. :3

O 5º gif mostra você na manhã em que começa sua jornada.

Pensei que ficaria mais animada, feliz, haha.

O é a despedida de sua mãe.

What.

O 15º é o professor da sua região.

PROFESSOR BARNEY STINSON, O MAIS ÉPICO DE TODOS.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Jonas Brothers Concert, part II

Então lá estava eu, um tanto perdida na manhã do show. Eu estava perdida porque era tão... Estranho! Eu realmente não sabia o que estava sentindo. Havia passado tanto tempo sonhando com esse momento e ele chegou. Depois da passagem dos Jonas aqui no Brasil (lê-se: São Paulo e Rio de Janeiro) em 2009 e 2010, e eu não tendo ido em nenhuma, meio que achei que jamais iria em um. Até que cerca de três semanas antes do show fiquei sabendo que aconteceria, e aqui, em BH! Logo aí já comecei a ficar perdida. Só depois quando descobri que eles tocariam "When You Look Me In The Eyes" que eu comecei a me sentir melhor e animada. Não será necessário me perguntar o porque de tamanha "falta de sentimento" pois eu não sei o porque. Porque eu não gostava mais deles? Porque eu estava me sentindo culpada por ser... caro? Realmente não sei.

Não estava lotado, mas tinha um público bom...

Pra começar, saí de casa num horário bem além do que eu gostaria, por motivos de ninguém-poderia-levar-o-Jake-pra-tomar-banho. Eu tinha que passar na SAGA pra pagar a mensalidade, mas não queria. Então fui pegar um ônibus que me levasse direto ao Chevrolet Hall... Passei 47 minutos esperando por tal ônibus. Entrei no ônibus, encontrei um assento. Me acomodei. Lembrei/percebi que esqueci o ingresso em casa. GENIUS!
Sendo assim, liguei pra minha avó e tive que parar no centro de qualquer jeito. Mas obviamente ela nunca vai saber que eu não ia parar lá, então ela só sabe mesmo que eu sou uma cabeçuda com espaço de sobra dentro do crânio, afinal, esqueci a coisa mais importante. Então não tive muita escolha. Paguei a SAGA. Esperei mais meia hora, no mínimo, até minha avó chegar e dar o ingresso. Nisso, demorei duas horas pra chegar lá. Tinha planejado chegar cerca de 11h; cheguei 13h30, por aí. Quase 14h.
A fila estava IMENSA. Lá encontrei uma amiga que tinha chegado mais de 6h antes de mim e estava bem longe da entrada - só pra ter uma ideia do desespero. Agora já vou pular pro show. :3

O show de abertura começou pontualmente às 21h. Quem abriu foi o Deleasa, que "coincidentemente" é cunhado do Kevin. Mas ele tem uma voz boa e uma energia bacana, eu gostei dele. Ele tocou cinco músicas, e a penúltima foi "Ai Se Eu Te Pego" (que estranho escrever isso com letras maiúsculas assim) e foi tãããão bonitinho! E eu gravei, inclusive:


Depois ele cantou mais uma própria, apresentou a si mesmo e a galera da banda e nos perguntou se estávamos prontos para os Jonas. Mais do que óbvio, haha. Ah! Enquanto ele cantava "Ai Se Eu Te Pego" (estranho mais uma vez), fiquei me perguntando se ele próprio havia percebido que a palavra delícia parece muito com a pronúncia do sobrenome dele, Deleasa. A pronúncia é "Deliça", hahahaha.

O show estava marcado para 21h30, mas obviamente atrasou um pouco, apesar de o show do Deleasa ter terminado no horário certinho também. Mas não demorou muito, foi cerca de 20 minutos de atraso, apenas. 21h50 estávamos recebendo-os. Eu fiquei na arquibancada porque não pensei que fosse sobreviver na pista. Poderia ser legal ficar lá, só que logo na fila eu já percebi que não veria muita coisa caso ficasse lá e ainda correria risco de vida. Por isso, a arquibancada.
Tive muito receio do show aqui dar algum problema, como no de Curitiba. Aparentemente invadiram o palco, então o show foi finalizado.

Começou com "Paranoid". Eu não sabia o que eu sentia. Eu cantava junto. Mas não sabia o que eu sentia.
Via as pessoas a minha volta indo à loucura; minha amiga disse até que o coração dela parou ou alguma coisa parecida, mas eu... Não estava assim. Eu estava feliz em vê-los, parecia surreal, era como se eu nem estivesse lá. Não tenho mais certeza da ordem, mas acho que depois cantaram "Still In Love With You" e eu fiquei muuuito feliz por ver que eles iam tocar mesmo músicas antigas, aquelas da "minha época". Eu cantei, gritei, e gravei também. Às vezes eu pensava "acho que agora tá bom" e começava a pensar em desligar a câmera, n'outras chegava de fato a desligar e em outras a colocava ainda ligada dentro do bolso, mas não conseguia ficar mais do que uma música ou pedaço dela sem gravar. Queria lembrar de tudo. Tudo. E não confio muito na minha memória, acho que foi esse o motivo da minha necessidade de gravar tudo.
Agora reações e falta delas à parte, o que eu achei deles... Bom, o que eu achei deles? Um tanto sei lá. É, sei lá mesmo. Tudo bem que a maioria de nós não fala e muito menos entende a língua deles, mas custava tanto assim interagir mais conosco? Paguei R$ 130, pô!
Cantaram "That's Just The Way We Roll", "BB Good""Lovebug", "Hello Beautiful", "Play My Music", "Gotta Find You", "Fly With Me" , e uma música solo do Nick e uma do Joe ("Who I Am" e "Just In Love", respectivamente). Em "Hello Beautiful" o Nick mudou a letra, de "I hear it's wonderful in California" para "I hear it's wonderful here in Belo", ou algo assim.
Na música "Turn Right" (essa que eu aprendi a cantar pro show, ha) a galera da banda de apoio cantou. Eu perdi o início, mas cada parte uma pessoa diferente cantou. Inclusive o Kevin!


A cada pausa - que não acontecia muito - nós gritávamos por "Please Be Mine", e... Não fomos atendidos. Nem sinal de que ouviram também. Depois de cantarem "S.O.S." (se não me engano), eles apresentaram o restante da banda e simplesmente foram dizendo que iam embora. Eu não acreditei. Sabia que iam voltar, pelo menos pra mais uma (na verdade esperava por mais de uma, haha) e eu estava certa: eles voltaram para "Burnin' Up". E então acabou mesmo.
Eu fiquei tipo... Ahn? Oi? Já? Eles cantaram tipo, 17 músicas, 18 no máximo. Só não saímos em mais prejuízo do que Curitiba. Esperávamos - eu e mais vários, pelo menos - covers, mais músicas. Versões acústicas. E nada. Paguei R$ 130 para um show apático, quase que sem emoção. A única emoção vinha de nós, fãs. Alguns dias depois ao ler uma matéria online da Capricho, fiquei com um ódio extremo porque eles fizeram mais lá, muito mais. Não adianta falar que é porque São Paulo e São Paulo porque ó, o país é o mesmo, o dinheiro é o mesmo, o preço foi o mesmo e EU PAGUEI. Em SP eles fizeram tudo aquilo que eu esperava. Se eles tivessem cantado "Please Be Mine" lá, olha... Eu não responderia por mim. Sangue no olho, cólera do dragão, meteoro de pégaso, onda explosiva, osso voador e buraco do vento, tudo isso e mais atrás deles.

Minha máquina de resolução maravilhosa. Esse zoom é só amor.

A conclusão é: Foi bacana. Mas poderia ter sido mais. Fiquei triste pela falta de consideração, de emoção, de amor. Eu ajudei vocês a chegarem onde estão, seus putos. Só queria um primeiro show memorável, uma lembrança eterna, uma noite feliz e extasiante. Isso nem é muito, considerando o namoro, casamento e vida ao lado do Joe que eu poderia reivindicar, como é meu direito por eu ser, bom, eu.

Acho que é só isso que eu tenho a dizer... Se tiver mais não hesitarei em criar uma futura "Jonas Brothers Concert, part III", haha.
Beijos,
Jay.

Obs: Fiquei sabendo depois que eles só não fizeram um show maior porque o lugar não lotou. É, não lotou mesmo, mas teve um público bom. Mais de 70% da pista estava lotado - sem contar que a galera tava amontoada - e ambas as arquibancadas estavam bem cheias também. Além do mais, NÓS PAGAMOS. CARO. PAGAMOS. TODOS NÓS. Enfim. Sacanagem eterna, não curti.
Obs2: Também foi comentado que foi porque as pessoas atiraram coisas no palco. Coisas como bichinhos de pelúcia e outros presentinhos são inevitáveis, mas acho que foi porque atiraram daquelas pulseiras fluorescentes/neon/brilhantes/seilá. Nenhuma os acertou, mas... Se foi isso, olha... Se algum dia eu os reencontrar, verão que serão acertados por um osso voador. Nunca olharão pro chão, nunca serei encontrada.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Jonas Brothers Concert, part I.

Uma semana após o show eu venho comentar sobre ele aqui, hahaha. Bom, o show aconteceu na sexta feira dia 8 de março, um dia antes do meu aniversário. Acho que exatamente por isso meu pedido de ir foi atendido. O post será dividido em duas partes:
I. O "descobrimento" dos Jonas;
II. O show.

Achei importante dizer como foi conhecê-los e o que isso trouxe pra mim...
Então vamos começar com uma foto do ingresso:

Que obviamente foi publicada no Instagram, rs.

Minha história com os Jonas é um tanto antiga, e graças à eles e ao Orkut, fiz várias amizades que estão comigo até hoje. Conheci-os em 2007 por conta do filme A Família do Futuro (Meet The Robinsons) porque os Jonas fizeram parte da trilha sonora com a música Kids of the Future. É, graças ao Disney Channel. Começou sem muito alarde, via o clipe às vezes e tentava ver se o vocalista era bonitinho, até que um dia vi o nome da banda e fui pesquisar. Descobri que eram irmãos de verdade, que o sobrenome deles é Jonas de verdade e meio chateada porque não gosto desse nome/sobrenome e pensar que viraria meu sobrenome ao casar com um deles, entre outras coisas. Vi Joseph, o irmão do meio - que era o vocalista bonitinho, hihi - e me apaixonei. Adorei o cabelo preto com moicano e amei também suas bochechas rosadas LOL LOL LOL. Antes que me desse conta já sabia tudo sobre eles e os amava profundamente. Na comunidade brasileira oficial deles, que eu entrava todos os dias, fiz muitos amigos. Eu ficava basicamente sempre no tópico de Fanfiction, que é de lá que vem aquelas que são minhas amigas até hoje. Com esse tópico comecei a ler fanfics, e não o tipo comum de fanfics, mas fics interativas. Elas faziam toda a diferença. Com HTML e script, você poderia colocar seu nome, sobrenome; e literalmente ser você na história. Comecei a escrever também. Minha primeira fic foi uma chamada Fairy Tale, que tinha mais de 60 capítulos e nunca teve fim. Uma vez estava cansada dela e fiz um final que ninguém gostou, mas que eu achei fantástico HAUHAUAHUA. No final a menina batia a cabeça e acordava, tudo aconteceu apenas em sua cabeça e, na realidade ela estava presa num manicômio, sozinha, apenas ela e sua camisa de força. Depois de ninguém ter curtido esse final eu perdi totalmente a vontade nessa fic e fui empurrando com a barriga. Mas sinceramente acho muito mais sacanagem as fics que um deles morria ou eu. Além da Fairy Tale, fiz mais cinco fics: Whatsername, Obviously (ambas finalizadas), She Falls Asleep e Unsaid Things (incompletas). Sim, está faltando uma mas eu não consigo lembrar o nome... Mas era uma finalizada também. Ah, todas scriptadas.
Na comunidade oficial deles, no tópico Fanfiction, mais um grupo de fãs foi criado: as Jo'Girls. Nós seríamos tipo uma banda de meninas, com o intuito de chamar a atenção deles. E eu, pasmem: seria a vocalista, só porque fiz uma musiquinha tosca pro Joe. Éramos treze, mas fomos nos dissolvendo aos poucos, até porque depois da primeira reunião nunca mais nos encontramos todas juntas. Passado mais um tempinho chegou a febre Crepúsculo que eu introduzi ao grupo, então eu e mais três meninas criamos as Vamp Sis: Eu - vampisomem (vampira + lobisomem), Lulis - vampiruxa (vampira + bruxa), Luiza - vampitasma (vampira + fantasma) e Jéssica - lobiruxa (lobisomem + bruxa). Tínhamos até um blog (clique aqui para conferir!). Sou amiga dessas até hoje, e inclusive já me encontrei ao vivo com a Luiza duas vezes.

Por cerca de dois a três anos fui loucamente, insanamente, incrivelmente fã. Mas o estilo musical deles foi mudando tanto, mas tanto... As músicas passaram a ser somente sobre relacionamentos e suas garotas, o que teria sido ok pra mim se fosse apenas esse o problema. Mas o maior foi: a gemeção. Comecei a ver que o Nick forçava a voz demais, gemia demais (não senti que o Joe forçava, mas também gemia exageradamente); e o terceiro CD deles, o A Little Bit Longer começou sua decadência pra mim. Inclusive eu tinha uma versão acústica da música que leva o título do CD, que pra mim era linda. A música foi escrita após o Nick descobrir que tem Diabetes tipo 1 (que não tem cura), e essa versão é clean, maravilhosa. Infelizmente a perdi e não faço ideia de como encontrar novamente. E a versão do CD é... Pavorosa. Gemidos e mais gemidos desnecessários. Não consigo mais ouvi-la por tal motivo. Se quiser conferir, clique aqui. Mas caso queira apenas ler a letra da música, clique aqui para ler a letra em inglês e aqui para ler a tradução.
Sem contar que achei que o Joe mudou bastante. Ele costumava ser um cara engraçado, palhação mesmo, sempre fazendo brincadeiras e coisas idiotas, mas aí... Começou a deixar o cabelo crescer e mudou, haha. Na época de Camp Rock ele ainda era "bacana", mas depois não lembro de vê-lo sorrir ou brincar em entrevistas ou em vídeos próprios. Eu simplesmente AMO os vídeos antigos, como o Nick J Show parte 1 e 2: Revenge, ou JB Update, ou o JB Greeting, ou o Frankie J Show... Enfim. Inclusive um dos vídeos que eles lançaram eu fui a tradutora :P o JB UK. Mas nele o Joe já está com cabelo beeeem comprido e já começou a ficar estranho.

Sim, eu era gamada nesses carinhas aí. Olha o Joseph! Baby Joseph. ♥

Depois eles começaram o próprio seriado, JONAS, que eu só assisti o mesmo episódio duas vezes. A série começou em 2009, coincidentemente na semana em que eu estaria fazendo minha cirurgia. Depois disso fiquei sem Disney Channel em casa, depois sem TV no quarto e, então, as duas vezes que consegui colocar no DC e estava passando, foi o mesmo episódio. Não lembro se o quarto CD deles, o Lines, Vines & Trying Times lançou antes ou depois da série, e mesmo um pouquinho decepcionada com o que estavam se tornando, eu o comprei. Devo admitir que ainda hoje não conheço todas as músicas e não gosto da maioria delas. Inclusive aprendi a cantar uma delas só pro show.

Enfim, o post ficou muito grande. Acho que já dá pra eu ir pro post que fala só do show (e mais um pouco) HUAHAUHAUAHUA.

To be continued...

Obs: Acho interessante dizer que nós, fãs, esperávamos a série deles bem de antes de 2009. Tipo, muito mesmo. No primeiro piloto, a série se tratava de três adolescentes que tinham uma banda superfamosa, mas era só um disfarce porque eles eram, na realidade... Espiões! Inclusive a série se chamaria J.O.N.A.S., e obviamente cada uma das letras significava alguma coisa que eu não lembro. Mas depois virou Jonas L.A., que já era uma coisinha super chata e normal de um dia a dia deles na escola e ~na vida~, que por serem famosos causava altas confusões e bla bla bla, coisa típica de sessão da tarde na Globo. Mas no seriado o nome da banda é Jonas porque eles moravam na rua Jonas, e o sobrenome deles era Lucas. What.

sábado, 9 de março de 2013

O dia do meu nome

É tão estranho me dar conta de que agora já tenho 19 anos. É esquisito porque outro dia mesmo eu estava o que, nascendo? Indo para a escola pela primeira vez? Criando conceitos, descobrindo o mundo, chorando por uma grande perda? O tempo sempre passou rápido assim, ou... Ou o quê? Talvez eu esteja apenas "variando", como diz minha avó.
Lembro-me de uma vez, aos 12 anos, quando estava frustrada por não lembro o quê, alguma coisa que só poderia ser alcançada aos 18 anos. Eu estava tão aborrecida, faltava ainda seis anos para que eu pudesse atingir essa meta e, caramba, era tanto tempo! Seis anos, isso é muito! Vai demorar pra sempre! Só que não. Não só seis anos se passaram como um pulo, como foram sete. Na verdade não sei se demorou muito ou não... Isso é compreensível? É compreensível que eu pareça; aliás, não só pareça como esteja, de fato, perdida no tempo? Tanta coisa aconteceu, tanta coisa não aconteceu, tanto ficou pra trás, que eu não sei exatamente onde eu parei. Em seis anos, digo, sete, acontecem muita coisa. Mas ao mesmo tempo nada pareceu acontecer. Isso faz sentido também ou estou "variando" de novo?

Uma grande verdade é que mudei muito. Mas quem não, certo? Alguns demoram mais que outros, é verdade também. Mas eu... Eu passei por tantas fases, faces, sentimentos, pensamentos... Tentei dar mais de um passo de cada vez e falhei. Tentei me dar bem com todo mundo, dar novas chances, reconsiderar, e falhei miseravelmente. Tentei me conhecer, mas ainda não sei quem sou. Não sei se o que vejo é o mesmo que os outros veem, já que enxergo muito que muitos não veem e muitos veem muito que eu simplesmente não consigo enxergar.

Sou muito e ao mesmo tempo, sou nada. Sou uma desenhista, uma artista. Ou era. Sou uma escritora. Ou fui. Muito do que fazia, hoje não consigo mais. Sou uma leitora assídua. Ah, isso eu afirmo que ainda sou, feliz e orgulhosamente. Sou também uma amante dos animais e me considero um pouco hipócrita e entro em contradição por causa disso. Existem muitos protetores dos animais que não são vegetarianos; mas sinto pena e morro por dentro se vejo "o que eu como, vivo", então porque os como? Simples e complicado assim. Inclusive me sinto culpada por dizer que amo os animais, só que odeio insetos. Outra coisa sobre mim: Me sinto culpada por praticamente tudo, até por coisas que não fiz ou que não tenho controle sobre.
Gosto de muitas coisas que não tem nada a ver uma com a outra. Sei todo o tipo de inutilidades, principalmente sobre coisas que ninguém quer saber, mas que eu acho incrível. Aprendi inglês sozinha e não faço ideia de como. Na minha cabeça, um dia eu não sabia e no outro já estava entendendo e falando a língua. Sei um tantinho de espanhol, algumas palavras em japonês e em italiano. Essas também aprendi sozinha. Gosto de pensar que sou uma boa observadora.
Amo futebol, mas não foi sempre assim. Não é uma boa comparação, mas meu amor por tal esporte foi, de certa forma, parecido com meu entendimento da língua inglesa: simplesmente brotou em mim. Parece ridículo, né? Enfim. Quando comentei sobre meu conhecimento sobre cultura inútil, esqueci de complementar dizendo que me lembro de cada pequeno acontecimento em um livro, quando aconteceu, porque aconteceu, quem estava lá. Como n'As Crônicas de Gelo e Fogo: me lembro da maioria dos personagens, a que família pertencem, seus feitos, seus brasões, moradias, lemas e vassalos. Gosto de me sentir dentro dos livros que leio e me situo em cada lugar. Bruxa puro sangue da Grifinória. Filha de Zeus, moradora do Chalé 1 do Acampamento Meio-Sangue. Carreirista do Distrito 2 em Panem. Divergente, com caminhos para Audácia e Erudição em Boston. Starter em Beverly Hills. Mediadora. Elfa na Terra Média (Se olhasse pelo tamanho seria Hobbit ou Anã, mas sou grande nos meus sonhos!). Maga do vigésimo nomo em New York. N'As Crônicas de Gelo e Fogo, gosto de imaginar que seria uma Stark, apesar de que na realidade seria apenas uma bastarda de algum guarda da cidade... Entre muitas outras histórias das quais faço parte.

Olha, acho que isso não saiu como o planejado... Mais um post sem pé nem cabeça pra minha coleção. Outra coisa que esqueci de comentar, apesar de ser bem óbvio: Sou um tanto confusa.
With love,
Jay.

Obs: de acordo com a minha avó, "variar" tem o mesmo significado de "delirar".
Obs2: N'As Crônicas de Gelo e Fogo, popularmente conhecido como Game of Thrones, o dia de aniversário de alguém é dito "dia de seu nome", apesar de eu achar que só tenha esse título nos aniversários dos nobres. Mas façamos de conta que eu sou parte da nobreza - e sim, uma Stark.