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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Minha ligação com os livros e minha relação nada saudável com eles

Título imenso, mas não tinha como encurtar (tinha sim, só não quis, rs). Amo livros. Amo ler. Sempre gostei, desde que aprendi - e antes disso também. Quer me deixar feliz é me levar numa Leitura, Fnac ou Saraiva (essa última até que nem tanto, já que é muito difícil eu ir no Diamond Mall que é o único lugar que há uma), e quer me deixar ainda mais feliz é poder comprar algum livro ou mais. Quer me deixar em estado de êxtase, sentindo como se tivesse alcançado o nirvana? Me dê crédito infinito para poder gastar nesses lugares. Um orgasmo deve ser tipo isso, imagino. Mas ó, só de poder passear livremente por entre as estandes e corredores de livros, podendo vê-los, pegá-los, senti-los, conhecê-los e admirá-los já me deixa feliz.

Mas vai além disso. Pra mim um bom livro não é apenas aquele que você chora ou, como já vi em uma tirinha, não é aquele que você para vez ou outra pra dizer fuuuuuuuck. Até porque já chorei com livros que não gostei, assim como já parei incrédula com algo que aconteceu em um que eu, obviamente, acabei por não gostar depois. E claro também que há aqueles que eu faço tudo isso e um pouco mais e os amo, rs. Mas sinceramente? Não sei dizer qual é a fórmula pra me fazer não gostar de um livro ou o que me faz gostar dele e mais, o que me faz amá-lo. Às vezes simplesmente não acontece, é tipo... Química. Não rola química entre o livro e eu. Exemplos de livros que não gostei são Depois Daquela Viagem, de Valeria Piassa Polizzi e a série Fallen, de Lauren Kate.

Quando começo a ler um livro, nem sempre também a química é imediata. Às vezes demoramos a nos conectar; mas uma vez dentro da história me torno outra pessoa. Não sou mais Tuane Jade, mas sim uma personagem, seja o principal ou alguém muito próximo que o ama e o quer bem, que teme por sua vida, por seus objetivos, por seus sonhos. Por isso sofro. A cada perda, a cada desilusão, cada decepção, sinto como se fosse minha. Uma vez após terminar um livro me senti tão atingida, revoltada, injuriada, frustrada; que na época passei a sessão inteira de terapia falando apenas sobre isso com a psicóloga. Não só com ela, mas com todo mundo, rs. E não conseguia formar frases inteligíveis, apenas resmungava e quando começava a falar coisa com coisa, não conseguia mais e só saía "não, vei. Não. Simplesmente não. Ah nem. Não, vei. Não. Não. Não, não, não". Tipo assim.

Geralmente quando termino de ler um livro não tenho uma noite inteira de sono. Não consigo dormir apenas pensando e raciocinando sobre aquilo que li, imaginando finais alternativos, o que teria acontecido caso tal coisa não acontecesse, o que acontecia antes de a história do livro começar, e afins. Também penso em como aquilo me atingiu. Como exemplo, temos a trilogia de Jogos Vorazes. Passei a noite inteira chorando, desde que terminei a leitura. Ainda hoje lembro de algum acontecimento e tenho uma vontade imensa de chorar (já aconteceu no ônibus hauahuahauha sério! Do nada lembrei de uma personagem, de sua trajetória e de seu final) e às vezes me permito fazê-lo. Choro pelos acontecimentos, pelos personagens, por seus destinos. Muitas vezes meu pesar vem porque eles não tiveram a oportunidade de ter um futuro. Sim, penso tudo isso em relação à personagens de livros. Pra mim eles se tornam pessoas reais, meus amigos, minha família; se tornam parte de mim. E os amo de todo meu coração.

Esse dia dos namorados dedico à mim e aos meus livros, com quem tenho um relacionamento mais do que sério e se existisse alguma coisa mais do eterna, seria meu amor por eles. Meus lindos, amo vocês! (mesmo que vocês me machuquem e me deixem perturbada, arrasada pelo resto da vida).

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