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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Você realmente quer jogar seu coração fora?

Sempre vejo jovens dizendo o quanto fogem de compromisso, que intimidade é uma droga e como nunca querem estar amarrados a alguém. Pode até ser que sejamos jovens demais para nos prender, mas o que sabemos sobre intimidade conjugal? Sobre uma vida de casal nossa? Como se toda a vida fôssemos querer ficar nessa de hoje, como se nunca fossem se cansar, como se nunca fossem ansiar por algo mais. As pessoas tem medo, é verdade. Mas as coisas são assim. Se você quer algo, precisa correr atrás. Precisa procurar, batalhar. Eventualmente aquilo que achou pode não ser o que estava procurando, mas é aí que você se recupera e vai atrás de uma nova oportunidade, uma nova chance. Pode ser que nunca se recupere, mas vai passar a vida inteira remoendo sobre algo que não deu certo? Deixar a miséria, a infelicidade te impedir de encontrar algo bom pra você? Alguns tem a sorte de encontrar de primeira ou nas primeiras vezes, outros vão demorar e uns pode até ser que nunca encontrem, mas o importante é nunca desistir. Nunca deixar que nada te impossibilite de ser feliz.

Houve uma época em que eu pensei que tinha sorte no amor. Achava isso porque tinha um cara superapaixonado por mim aos meus pés. Quantas garotas tem isso? Mas uma coisa importantíssima faltava no meu relacionamento: reciprocidade. Eu achava que ele amava o suficiente para ambos, mas esperava que algum dia eu viria a amá-lo de volta... Mas não foi assim. Não estou dizendo que tenha sido falso, mas também não foi real. Se eu o tivesse amado de volta, as coisas teriam sido diferentes  e eu realmente esperava que isso tivesse acontecido. De verdade. Eu não queria tê-lo magoado. Às vezes me pego pensando no quanto fui estúpida de ter deixado as coisas terem ido tão longe, eu era jovem demais e não fazia ideia do que estava acontecendo e, principalmente, o que estava acontecendo dentro de mim. Eu não estava pronta. Talvez nunca estivesse, que a verdade seja dita. Nós simplesmente não éramos pra ser. Não éramos.

Eu ainda espero amar alguém. Amar e ser correspondida. Deve ser maravilhoso. Eu não anseio por um príncipe encantado nem um amor de contos de fada, quero apenas sentir, presenciar, viver. Quero sair dessa inércia, dessa coisa de apenas sobreviver, de apenas existir, que é o que me acontece hoje. Quero sentir meu coração acelerado, pernas bambas, frio na barriga. Que seja por uma semana, um mês, um ano, a vida inteira; não importa. Não sei se estou preparada ainda, é verdade, mas se a outra pessoa estiver disposta, estarei também para amadurecer, evoluir. Do you really wanna throw your heart away, away, away?

(O título do post é uma frase da música Victims of Love do Good Charlotte, assim como a última frase do post, na língua original :D)

Um comentário:

  1. Engraçado como eu sempre acho que ninguém vai me entender, mas você entende. Obrigado, sis.

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