Você provavelmente já conhece a regra: se não assistiu o último filme da franquia Jogos Vorazes, não continue a leitura. Mas se quiser continuar, prossiga por sua conta e risco, pois eu avisei! Entretanto, antes de ir adiante, acho triste constatar aqui enfim uma coisa que eu já havia percebido desde o primeiro filme: nós somos a Capital. A Esperança – O Final foi o filme que menos arrecadou em sua estreia (e talvez de todos os outros?), e o de reclamação que eu vejo é o mesmo... da falta da dinâmica que teve nos primeiros dois filmes. É muito triste quando a falta de sucesso de algo é justamente o motivo de sua denúncia.
O ruim do filme ter sido dividido em duas partes porque no início somos bombardeados com várias coisas de uma vez. Muitas coisas acontecem e tudo parece muito corrido. Disso já vai pra isso, que já corre pra isso, então é um pouco... demais. O casamento do Finnick e da Annie foi lindo, e eu fiquei esperando que o bolo que o Peeta fez aparecesse. Não apareceu. No fim, não sei se foi melhor, porque não sei como seria essa informação na tela.
Eu já sabia que não haveria Delly Cartwright, então não me incomodei de terem colocado a Prim no lugar dela. Mas uma coisa que eu achei furada foi dizer as mesmas coisas que teriam dito da Delly, “uma pessoa confiável do Distrito 12”, porque o problema é... Prim é irmã da Katniss. Então por mais inocente e querida que a Prim seja, eu acabaria a associando à irmã “bestante”. Desculpa aí, mas não colou pra mim isso daí. Mas que bom que pro Movie!Peeta isso acabou colando.
As cenas no Distrito 2 foram incríveis, Jennifer Lawrence foi incrível. O papel da Gwendolyne Christie como a Comandante Lyme e uma das vencedoras dos Jogos Vorazes foi bem pequenininho, mas adorei vê-la.
Eu fiquei um pouco confusa quando a Katniss escapou pra luta, e não foi mandada pra ela. Mas acho que foi legal. E toda a interação com a Johanna foi fantástica. Jena Malone maravilhosa também. Mais tarde, já com o esquadrão, quando o Peeta chega e então começa o “verdadeiro ou falso” acontece uma das minhas falas favoritas: “Você é pintor. Você é padeiro...”, lembro de ter chorado um bocadinho no livro nessa parte, haha.
Na cena dos lagartos bestantes ninguém pode chamar o Peeta de fraco. Ele lutou sem armas, com as próprias mãos e algemado, pra proteger a Katniss. E Finnick, meu querido Finnick... Não merecia aquele final! (Ah, vale dizer que a partir daí não parei de chorar mais). E também o Pollux, tadinho. Ele chorando pelo irmão, Castor, foi arrasador.
A sequência até a loja da Tigris foi muito boa, e a interação lá... Tá, eu não consigo mais. Preciso ir pra frente haha. Seguindo adiante, eu achei que faltou sentimento na cena da explosão – da morte da Prim. Pela classificação baixa, talvez? Mas acho que poderia ter tido um tchan, não sei.
Uma diferença grande dos livros pro filme foi a despedida da Katniss e do Gale. No livro ela parece culpá-lo diretamente pelas bombas que acabaram por matar a Prim, e por isso o manda embora. No filme, ela diz algo como “Não dá pra proteger ninguém em uma Arena. Adeus, Gale”. Isso parece pra mim mais que ela não o culpa exatamente pelo bombardeio, mas mesmo assim não o quer mais em sua vida... Talvez porque ele representa toda a morte e a destruição, que é algo que ela não quer (motivo pelo qual ela “escolheu” o Peeta, porque ele representa a esperança). Mas também o que é muito triste é que mostra qual era a verdadeira natureza da amizade deles. Eles se conheceram numa situação extrema, de desespero e permaneceram assim, e pelo jeito que terminou me pareceu mais que a triste natureza era “se você não pode proteger a minha família, pra quê ter você aqui então?”. Talvez eu esteja errada, talvez existam outras interpretações (claro!), mas é assim que eu vejo. ENTRETANTO, eu não vejo, jamais, Gale Hawthorne como um vilão. Há tempos venho prometendo um post sobre ele, e agora definitivamente vou.
Uma mudança maravilhosa no filme é que, quando o Peeta volta, ao invés de fugir, Katniss o abraça. Foi muito bonito e sutil como mostraram o jeito que eles voltaram um para o outro, como ela diz nos livros, “que aconteceria de qualquer jeito”.
E o epílogo foi um amor, apesar de terem errado a ordem dos filhos... Primeiro uma menina de cabelos escuros e olhos azuis, e depois um menino de cabelos claros e olhos cinzentos. Pff. Mas foi maravilhoso. E eu realmente amo essa trilogia/série com todo o meu coração, corpo e alma.
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