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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ou vai ou racha

Eu particularmente não gosto desta expressão, mas ela parece ser apropriada para o assunto em questão hoje. Há três anos meus tios e primos deixaram Belo Horizonte para morar em uma cidade pequena do interior de Goiás. Desde então todas as nossas conversas são formadas a partir de frases como “estamos com saudades” e “quando vocês vêm?” e derivados das mesmas. Há mais ou menos um ano, talvez mais, eles decidiram que iriam voltar pra BH porque perceberam que cometeram um erro, e desde então sempre que ligam reforçam que ainda não sabem quando vem.
Em maio desse ano nós recebemos uma visita bem fora de época. Eles ficaram cerca de duas semanas aqui, e nem lembro exatamente porque, acho que envolvia um curso e também pra resolver antigos problemas que seriam essenciais pra eles voltarem em paz.

Mas isso não é importante, o negócio é: eu não aguento mais. Não suporto esse mesmo papinho. Não sabem quando voltam? Não sabem quando vem e quantos dias passarão aqui? ME POUPE! A última gota veio algum dia da metade desse mês, que meu primo me chamou no chat do Facebook e começou com a mesma ladainha. Acabei despejando tudo nele, mesmo sabendo que ele não tem culpa. Mas eu queria sim, atingi-lo. Queria que minhas palavras chegassem aos pais deles, queria que eles sentissem cada uma delas, que machucasse, que doesse. Recentemente fomos saber que minha prima conversou com a minha madrasta também online, e que a ilustríssima lhe disse que eles estavam planejando indo visitá-los no Natal ou no Ano Novo. Que iriam de avião, os três. Uma das coisas que mais me chamou atenção foi a queridíssima dizer que meu pai parece estar entrando em depressão porque não pôde visitar a mãe no hospital. HEEEEEEEEEEIN? Quem proibiu? O telefone ta aí, a internet e o computador também, facebook... Nós ainda moramos no mesmo lugar. Mas enfim. Também joguei na cara do meu primo que eles estão retardando a volta deles pra depois do Natal e/ou Ano Novo porque a mãe dele quer mostrar a casinha dela pra cunhada. Mas sabe o que magoou mais? Pouco depois eu me acalmei e pedi que ele me fizesse um favor. Ele já veio me respondendo “depende”. Só nisso já me magoou um pouco, como assim “depende”? Então eu pedi que ele apenas dissesse ao meu irmão que nós não o abandonamos. Que ainda o amamos, e não é por falta de vontade nossa que não o vemos mais. Então alfinetei: o que você esperava? “De você eu espero qualquer coisa”. Ah, uau. De repente eu não sei o que me tornei. O que ele quis dizer com isso? Me senti, assim, uma vilã. Inclusive agora fui procurar a conversa e vi que ele apagou. Não nos falamos desde então. E quer saber? Que queime. Que sofra. Se sinto saudades? Muita. Se os quero de volta? Quase que desesperadamente. Mas continuar fazendo teatrinho e ensaiar as mesmas conversas? Olha, não dá mais. E sinceramente? Não sou pessoa de guardar mágoa, rancor; mas duas encantadoras figuras na minha vida criaram uma segunda Tuane cuja essência eu prefiro deixar adormecida. Aguardem possíveis desfechos finais (finais? Será que algum dia isso terá um fim?) para essa história, haha.


Beijos,
Jay.

4 comentários:

  1. Seu priminho? O Victor? Tu, entendo que você deve estar bem nervosa, mas vá com calma nesses assuntos de família. Seus primos te amam, e infelizmente os adultos influenciam suas crianças mais do que deveriam. Fiquei triste com esse post, espero que vocês se "ajeitem".

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    1. Sim, ele. Foi ruim pra mim também escrevê-lo, acredite. Eu só... Cansei.

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